sábado, 24 de março de 2012

Seminários em Economia na PUC

Esse mês fui convidado pelo colega prof. Cláudio Burian para um ciclo de seminários de graduação no curso de economia da PUC-Minas. Esse ciclo de seminários será composto por tópicos da microeconomia aplicada como Racionalidade Limitada, Economia Comportamental, Teoria dos Jogos, Economia dos Esportes, Economia Digital, Ética Profissional e outras aplicações possíveis. Um dos principais objetivos é integrar a microeconomia com eventos do cotidiano, puxando assim os tópicos para um entendimento mais intuitivo, não descartando aplicações recentes sobre o assunto.

Um dos videos que recomendei no seminário de hoje se encontra logo abaixo: uma pequena aula do Daniel Pink, que escreve sobre transformação econômica e estratégias de negócios. Boa parte do vídeo abaixo trata-se de entender comportamentos dos agentes quando há uma ruptura com os pressupostos microeconômicos clássicos. Nós economistas precisamos nos perguntar o que pode ser feito na situação em que os agentes fogem ou no caso em que precisamos relaxar alguns dos axiomas da teoria da escolha racional e da utilidade marginal.




A impressão que tenho é de que ao longo dos últimos 20 anos, a economia realmente decidiu levar os conselhos de Herbert Simon a sério. Isso se evidencia tanto no nobel dado a Aumann & Schelling (2005) Kahneman & Smith (2002), quanto no livro de Ariel Rubinstein (1998) "Modeling Bounded Rationality", um grande esforço para formalizar os limites da racionalidade perfeita. Afora isso, autores de grande divulgação como a escola Masonomics que deriva seu nome de George Mason, ligados à George Mason University.

Resposta do Subway Problem

Pois bem, a chave para responder o subway problem é o intervalo de tempo de um trem para o outro. 

A solução é alcançada assim: 

Ele visitou a mãe 1/10 das vezes. Então, em um intervalo de duas horas (de 3 a 5), ou seja, 120 minutos, em  apenas em 12 minutos ele teve a chance de pegar um trem para ir visitar a mãe. A solução do livro é que no intervalo de 3 às 5 saem 12 trens para o centro e 12 trens para o subúrbio. Só que o trem do subúrbio vem um minuto após ter passado o trem para o centro, sobrando pro Marvin apenas 12 chances de um minuto para pegar um trem na justa janela de tempo entre eles. 


O que a resposta do livro não detalha é que qualquer divisor de 12 é possível para o número de trens. Eu resolvi o problema com 4 trens para o centro e intervalos de 3 minutos entre o metrô que vai para o centro e o que vai para o subúrbio (Marvin não consegue pegar o que sai exatamente às 3h), mas poderiam ser apenas dois trens: o que partiria às 3:12 para o subúrbio e o que partiria às 5h para o centro.

domingo, 11 de março de 2012

Encontro da Blogosfera de Economia em Belo Horizonte

Perdoem-me pois a notícia já é passada, mas acho interessante para o conhecimento geral aqui no blog. Nessa última sexta-feira (9.3.12) aconteceu em Belo Horizonte o II encontro de blogueiros de economia. O primeiro ocorreu em São Paulo.

Não pude ir pois fiquei sabendo na sexta a tarde quando o evento já ocorria, mas de todo modo, é interessante pegar os nomes dos blogs participantes. Alguns dos quais eu ainda não conheço, tal como o The Drunkeynesian, do qual retirei o presente cartaz. A lista completa está também no cartaz e no link do encontro, estou linkando-os aqui no Economia Marginal.

Nota: Ainda é incrível a dominância de blogs macroeconômicos no Brasil. Lembro-me que a certa altura da graduação um professor em tom jocoso comentou que os microeconomistas no Brasil serviam para limpar com esfregão o chão dos departamentos de economia pelo Brasil afora. Tal histórico de importância aos colega macroeconomistas é compreensível, afinal, somos um país que passou por anos de alta inflação e outros apuros com a macroeconomia, consenso mesmo na área (se é que há algum, surgiu apenas em anos recentes da nossa história econômica). Ser microeconomista naquela época era um requinte que poucos podiam se dar ao luxo, a realidade parecia estar bem longe da microeconomia. Mas é claro que os macroeconomistas sabem de micro, alguns deles mais do que os arrogados microeconomistas, outro fator que ocorre é que a ciência antigamente costumava ser mais generalista também. Tenho colegas que até hoje torcem o nariz para quem diz saber só de uma dessas áreas (e olha que nem falei dos econometristas).