terça-feira, 27 de setembro de 2011

Greves e Inflações

Uma onda de greves toma conta do país: greve dos correios, dos bancários, dos professores, operários da construção civil nos estádios, do judiciário e por aí vai... O que esses diferentes eventos têm em comum? 

- Um inimigo silencioso e velho conhecido: "a inflação". A inflação lentamente corrói o valor do salário real, que pode ser escrito como: w = W/P. Em que W é o salário nominal dos trabalhadores e P, o nível geral de preços de uma dada cesta de bens. A variável com que todos os trabalhadores se importam não é o valor do salário nominal em si, mas sim o valor das coisas que o salário pode comprar (W/P). E o salário das famílias está podendo comprar cada vez menos, aos poucos os trabalhadores se dão conta de que o orçamento não chega ao fim do mês, e as contas estão difíceis de serem mantidas. E então, vão às portas da gerência, dos governos e às ruas reivindicar correções salariais. Nada mais justo, os trabalhadores são os que mais sofrem com a inflação. Sob quem recai a culpa da inflação?

- A culpa se sobressai em meio a uma política monetária de macroeconomia irresponsável. Não digo da queda recente das taxas de juros e nem da subida do câmbio que são movimentos pelos quais até os mais ortodoxos de nossos economistas torciam. Apesar dos esforços malogrados do Bresser-Pereira para pintar os novo-desenvolvimentistas como seres iluminados, todo economista no Brasil sabe que nosso câmbio estava (está) sobrevalorizado e que nossas taxas de juros são repressoras. O problema é achar que se resolve as coisas com medidas que não levem em conta as condições ideais. Esse recrudescimento da inflação era esperado e tem sido deixado de lado pela equipe macroeconomica, apesar das palavras duras mas vazias da presidente afirmando sempre que possível o contrário, que não daria trégua para inflação.

Pois bem, a inflação aí está. Fica como tarefa a nós economistas tentarmos estudar essa relação causal entre inflação e o surgimento das greves, e também cobrar a responsabilidade da política monetária. Todos nós queremos redução dos juros, vários diagnósticos apontam isso, mas infelizmente monetaristas tem de entender sempre que o lado monetário vem à reboque e não antes (ou deveria ser assim, afirmação do campo normativo). Mais frouxidão monetária só significa mais inflação, as correções saláriais virão, com o nível de aquecimento atual da demanda e a capacidade produtiva mais próxima do limite, essas correções serão mais lenha na fogueira inflacionária. A única solucão pra que de fato isso não aconteça é arriscarmos um arrefecimento forte da nossa economia, uma aposta muito arriscada que nossa autoridade monetária têm feito.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Artigo Sobre Custos Pós e Pré operatório da cirurgia Bariátrica

Amigos, ano passado, comecei a trabalhar em um banco de dados interessante com informações de pacientes operados em cirurgia bariátrica pela UNIMED-BH, uma rede bem grande de pacientes. Esse banco deriva da tese de dissertação da amiga Silvana B. Kelles. E sua tese derivou em dois principais artigos, um aprovado na revista médica especializada, a Obesity Surgery (em 2009) e outra versão no São Paulo Medical Journal, que ainda será publicado.

Essa versão do artigo do SPMJ é uma que eu comecei a trabalhar ano passado. Silvana e os demais autores, Sandhi Barreto e Leonardo Guerra, compararam dados de custo antes e depois da cirurgia bariátrica, estudando os efeitos de co-morbidades e variáveis de características pessoais.

No segundo semestre de 2011, eu e Silvana fizemos um trabalho no curso de Análise de Dados Longitudinais do prof. Enrico Colosimo do departamento de estatística da UFMG. O trabalho final envolveu trabalhar longitudinalmente o banco de dados de pacientes submetidos à cirurgia Bariátrica. Em Junho desse ano o apresentamos em poster no Congresso Internacional em Tecnologia da Saúde, em inglês Health Technology Assessment international (HTAi). Agora estamos trabalhando em uma versão para a revista Brasileira de Economia da Saúde.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sobre Testes de Desempenho na Educação

Olá pessoal, reportagem muito interessante sobre o campo educacional. Creio que oes economistas da educação e nós da área quantitativa temos de estar atento a essas questões. Medições nem sempre são coisas triviais. Mas o importante é não deixar de se usar os exames. Estou trabalhando em coloboração de colegas em índices de desempenho que em grande parte estão preocupados com a questão da inequidade do sistema.

Fiquem com a matéria muito interessante: