quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Demografia dos BLOGs


Muitos fluxos criados são passíveis de uma análise demográfica. Um interessante trata do número de blogs. Blogs também nascem e morrem. Existe uma taxa de natalidade para blogs que acabam de ser criados. Assim como blogs inativos por muito tempo podem ser considerados mortos. Alguns blogs são literalmente cancelados. Esses eventos podem se tornar uma incipiente área de estudo: "a demografia dos blogs", a Blog Demography", ou mais apropriadamente e criativamente, Blography.

Bem, não é muito fácil obter informações sobre os blogs, os números são tão superlativos e é difícil se ter uma conta correta, mesmo os sites hospedeiros não possuem uma contagem tão precisa. Uma boa pesquisa que foi feita nos Estados Unidos relata o perfil dos usuários de vários blogs, está aqui no PewInternet. Sobre o perfil do usuário, Dave Pollard(?) resumiu alguns dados da pesquisa aqui. Existem blogs que migram, saem de um host para outro: deixam de ser Blogspot, passam a ser Wordpress, UOLblog, ou simplesmente criam um domínio .com.

Estima-se recentemente que 120 mil blogs são criados por dia. Mais difícil é saber quantos blogs deixam de operar por dia. Para se considerar um blog inativo ou "morto" deve se definir um período com o qual se pode considerá-lo em desuso. Naturalmente, esse limite sem operações para o qual se considerará um blog morto ou moribundo será impreciso. A menos que tenhamos informações de que o blog tenha sido mesmo cancelado.

"Quando não se tem cão, caça-se com gato". Sem as informações completas sobre o universo de blogs, tive de trabalhar no campo teórico nesse artigo. Como blogs são uma novidade relativamente recente do mundo da internet, é plausível supormos um crescimento exponencial para os primeiros anos. Ou seja, o número de blogs cresce a taxas cada vez maiores nos primeiros anos e a blosgosfera assume as características de uma "explosão demográfica".

As informações abaixo estão construídas de maneira que o número de blogs duplica a cada dois anos e meio. Parti de um ponto inicial para o qual no ano 2000 havia um número de 250 milhões de blogs. Com essa taxa, o ano de 2011 teria mais de 5 bilhões de blogs.


Source: Theoretical Data.


Eu acho que esse crescimento exponencial se aplica à grande parte do quantum de blogs existentes. Mas acho também que existe muita superestimação desse número, pois existem muitos blogs criados por bots e por usuários que os esquecem, atualizam muito nos primeiros dias e meses e depois deixam o blog inativo até que o seu host encerre a conta. Essa é a mortandade de blogs, é necessário levá-la em conta, manter um blog ativo dá trabalho, exige criatividade, esforço e bastante dedicação. A internet ainda possui muitos usuários entrantes o que fará o número de blogs aumentar ainda mais. Mas uma hora o número de blogs que dura
mais tempo se estabilizará. Para ver isso fiz um pequeno exercício demográfico usual.

Mantidas as taxas de natalidade dos blogs e mortalidade, temos que a população da blogosfera se estabiliza por volta de 1,2 bilhões de blogs em algum momento (coloquei o exemplo estabilizando em 2008, mas o evento pode ser mais para o futuro).
Source: Theoretical Data.


O mais interessante dessa abordagem é verificar duas coisas: a primeira delas a probabilidade de morte de cada blog e a segunda sua esperança de vida (quanto tempo dura, em média, um blog ativo?). Isso pode ser obtido trabalhando-se uma tábua de vida. As informações estão a seguir:


Source: Theoretical Data.

A quinta coluna e a última são as mais importantes. A quinta coluna fornece a probabilidade de um blog deixar de operar, ou seja, probabilidade de morte de um blog no primeiro semestre é de 0.344 (pouco mais de 34% de estar inativo daqui a seis meses). Ressalto novamente que os dados são teóricos, então tive de partir de observações que me pareciam ocorrer na prática. Uma delas é de que superado um determinado período de tempo (2 anos, digamos), o blog passa por uma prova de fogo mostrando que seu autor é persistente naquele mesmo tempo. Nesse começo
a cada semestre vencido o blog ganha um pouco mais de chance de continuar ativo. Vencido isso, o criador ou criadores terão outras dificuldades: despertar o interesse e inovar. Considerei que após uma grande queda, a probabilidade de morte volta a subir até atingir a virada dos 5 anos.
Após isso, pode se afirmar por uma verdadeira 'virada' no cabo da boa esperança, mostrando ser uma página realmente longeva. Finalizei a analise aos 8 anos, pois não tenho notícia de nenhum blog mais velho do que isso. Mas é claro, com o passar dos anos a tábua de vida terá de ter mais linhas.*

Source: Theoretical Data.

Enfim, após vários períodos, se tudo permanecer constante, a população de blogs se estabilizará e poderíamos verificar os blogs de acordo com sua idade. A imagem de meia pirâmide pode ser utilizada. O formato é típico de populações que crescem rapidamente, como é muito provável para a população que estamos tratando.

Source: Theoretical Data.


É isso. Estou entrando em contato com os principais sites que hospedam os blogs para ver se é possível encontrar mais informações que possam sustentar essa mesma análise mais fundamentada. Não obstante, a teoria já está pronta. Nesse exercício teórico encontramos que a esperança de vida de um blog que acaba de iniciar é menor do que um ano. Ao chegar aos 5 anos, teorizei que é possível esperar chegar ao 6 ano com maior facilidade.

Muitas questões no que concerne a estatísticas de blogs ainda me despertam bastante interesse. Não consigo captar ainda porque o post que fiz da relação entre a Jabulani (a bola da copa 2010) e os métodos quase-experimentais de ciências sociais ser tão popular (usei o exemplo em sala de aula, mas ele já era popular antes disso). Pela experiência da minha página de desenhos, o I'm a rock, sei que postagens com muitas figuras são candidatos a campeões de acesso. Isso se deve muito ao fato de que a grande maioria dos acessos serem guiados por buscas aleatórias. E nada como uma atrativa busca de imagens. Cláudia do italiano Manara é a top nos acessos. It's the Random Realms.

Pois bem, esse blog completará 3 anos em setembro desse ano, será que ele chega lá?!
:-)


* Para maiores detalhes dos itens da tabela de vida, pode-se consultar o livro texto de Demografia da ABEP ou o Demography (2001) de Preston, Heuveline e Guillot. Blackwell Publishing.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Mais uma vez, o problema do Trânsito


Sou um pouco aficcionado por tratar economicamente o tema dos transportes urbanos. No meio do ano passado comentei uma reportagem da record sobre a falta de vagas nos estacionamentos de São Paulo e demais capitais do país.

Pois bem, o assunto surgiu novamente, porém, agora no Jornal Nacional. É oferta e demanda como eu tinha dito, a solução é substituir. O mais interessante aí dessa reportagem é a fala do engenheiro de transportes, Fernando Mac Dowell sobre investir maciçamente no transporte público. Creio que no Brasil, além disso, é necessário também investir na divulgação desse tipo de transporte em campanhas para o uso, pois somos culturalmente uma sociedade muito orientada pelo uso do transporte individual.

A pergunta é: "estamos investindo corretamente no transporte público?"

Segue o link da reportagem:


Outra matéria muito boa é a sobre a qualificação no mercado de trabalho nos transportes com participação de vários economistas e profissionais da área em Belo Horizonte:


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Entrevista ao circuito UFMG sobre efeitos da Educação e Saúde no PIB

Na última terça-feira dei uma pequena entrevista à TV UFMG daqui de Belo Horizonte, canal 12 (Net e Sky) ou no 14 (Oi TV) . O tema da entrevista foi um estudo que saiu no comunicado Nº 75 do IPEA e mediu por meio das técnicas de multiplicador econômico derivadas da matriz de contabilidade social, qual o retorno dos investimentos na área social. De fato, de acordo com o estudo, a área de educação obteve o primeiro lugar em termos de multiplicador de renda, seguida pela área de saúde.

O editorial do circuito UFMG me chamou para comentar sobre a relação entre crescimento do produto e os gastos sociais. Abaixo estão as perguntas enviadas por e-mail, com um roteiro das minhas respostas. A parte escrita está mais longa e com mais detalhes, a parte da TV é um resumo rápido disto.

PERGUNTAS:
  1. Qual a relação entre o crescimento do PIB e os gastos feitos com Educação e Saúde?
  2. O Cálculo feito para mostrar o retorno do investimento em educação e saúde é feito levando em consideração principalmente quais fatores.
  3. Na quinta-feira, dia 03, foi anunciado que a prioridade da nova gestão do governo de Minas são os investimentos em infraestrutura. Quais as vantagens para a distribuição de renda e crescimento do PIB com gastos nesta área? O governo de Minas está retirando dinheiro da saúde e educação para investir em infraestutura? Quais serão os prejuízos desta ação a Longo Prazo?
  4. Em relação aos investimentos em tecnologia, como eles afetam o crescimento do PIB?
  5. Por que onvestimentos em gastos sociais rendem mais do que investimentos na construção civil, exportação entre outros gastos?
  6. O FMI prevê um aumento de 4,5% no PIB brasileiro para 2011, cerca de 0,4% a mais do que no ano passado. Você acha que esse crescimento será causado principalmente por gastos em educação?
RESPOSTAS:

1. No Brasil o setor educacional público e privado movimenta, em geral, uma quantia de 5% do PIB, e o setor de saúde (público e privada) quase 4% do PIB, os dois juntos respondem por cerca de 10%. Poucos setores de serviços tem uma influência tão grande. Junta-se a isso o fato de que esses dois setores contribuem não só com o crescimento atual do PIB corrente, como potencializam os ganhos futuros. Uma sociedade mais educada é capaz de produzir com maior eficiência e qualidade. E uma sociedade saudável vive por mais tempo e com maior qualidade de vida. Olhar esses dois setores de forma conjunta é sempre bom por valorizar a capacitação das pessoas, tanto pelo lado da educação quanto pelo lado da saúde.

2. Existem vários métodos para se contabilizar os efeitos dos investimentos em educação e saúde. Um deles é o método do multiplicador (que foi o que o IPEA utilizou). Essa método capta toda a cadeia produtiva da saúde e educação e vê o quanto isso gera em renda para as famílias. Outro método leva em conta os benefícios futuros de uma maior escolaridade da população e de um melhor nível de saúde, trazendo-os a valor presente e comparando ao investimento realizado. As contas do IPEA poderiam ser ainda mais favoráveis para educação e saúde caso se acrescentasse também essa metodologia, dado que já se sabe o que esses dois setores agregam à renda quando potencializam a renda futura.

3. Os gastos governamentais podem ser divididos em duas naturezas: dispêndio (também chamado de custeio) e o Investimento. A infraestrutura é um investimento e o investimento é bom por aumentar o PIB e capacitar a população para maiores ganhos no futuro. Mas nesse quesito é preciso olhar essa divisão sempre com muita cautela. A construção de uma escola ou hospital é encarada como investimento, no entanto o pagamento de salários de professores e médicos é visto como custeio. Porém, sabemos que não existem escolas sem professores e alunos nem hospitais sem médicos, enfermeiros e pacientes. Alguns gastos de custeio como esses em educação e saúde deviam ser vistos como verdadeiramente um investimento, pois capacitam a população.

4. Os investimentos em tecnologia, que pode ser vista como a melhoria de processos, possuem uma inegável contribuição ao crescimento econômico e qualidade de vida. No que tange os hospitais, por exemplo, a tecnologia traz diversos avanços, deixando os exames cada vez mais precisos, confiáveis e sofisticados. Cabe observar somente que tais investimentos têm de ser bem-feitos e lembrar que políticas que prezam a ciência e tecnologia têm de ser cultivadas no longo prazo, pois os retornos não são tão imediatos.

5. Os investimentos sociais e de qualificação das pessoas são os que mais importam para a economia, pois eles são a base para fazer com que todas essas outras áreas mencionadas na pergunta se tornem ainda mais produtivas.

6. As previsões costumam a falhar. Esses 4,5% do FMI são apenas um referencial, não quer dizer que a previsão vá ocorrer. Observando o crescimento do ano passado e a recuperação do contexto mundial, eu diria que é possível que o Brasil ultrapasse a meta desse ano. Porém, o país deve estar atento para as áreas onde investe mal os seus recursos. Alguns exemplos conhecidos da área da saúde e educação (equipamentos comprados que esperam hospitais, falta de leitos, escolas sem gerenciamento adequado) nos mostram que os resultados poderiam ser ainda melhores.

A entrevista que foi ao ar na terça-feira está no video abaixo.


A integra do programa circuito UFMG está no link:
.
http://www.ufmg.br/online/tv/arquivos/018166.shtml


Curiosidade, um especial do circuito UFMG conta com a entrevista da profa. Ma. Conceição Tavares:

http://www.ufmg.br/online/tv/arquivos/016636.shtml

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

The Subway Problem

O metrô de Brasília é o novo xodó do transporte público da população Brasiliense. Estações, limpas, vagões novinhos em folha, muito asseio, conforto e rapidez. Ao preço de R$3,00 cada viagem (sendo que no fim de semana o preço abaixa para R$ 2,00, similar ao preço de várias linhas de ônibus que cobrem o plano piloto e satélites mais próximas). Os cidadãos da capital do país estão bastante zelosos com uso desta mais nova jóia do transporte público e desejosos da manutenção do nível dos serviços. O metrô da capital federal possui 42 Km de extensão.

Em particular, nesse último mês, esse economista observador que vos fala, que já é fã de trens urbanos tem utilizado bastante o trem. Fui até Aguas Claras, e tenho usado principalmente para ir ao "centro" da capital. Notei que o afluxo de pessoas está aumentando, usei o metrô também ano passado e pude comparar. Ainda assim, poucos brasilienses usam o serviço, o que significa que o metrô raramente está lotado (não como nas outras capitais). Também não pude deixar de observar estações vazias, em particular, me chamaram a atenção as estações inacabadas da 104, 106 e 110 Sul (vejam aqui um pequeno video que fiz no passeio de metro brasiliense). As estações já estão lá prontinhas para serem usadas, o mais difícil já foi feito, cavaram o buraco no chão, fizeram os pilares e toda a estrutura, falta o acabamento.


Essas estações são uma coisa bem típica do Brasil que gosta de jogar dinheiro fora... Fiquei pensando: "Será que algum dia vão ativar essas estações inacabadas?", "Compensa ativá-las?", "Se algum dia vierem a ativá-las o trabalho estará justificado, pois maior parte do serviço está pronta". Mas temo mesmo é que as estações da 104, 106 e 110 nunca serão ativadas. Taí mais um exemplo de desperdício do dinheiro público tão comum em nossas terras".

Acrecenta-se que seria totalmente lógico não ativá-las. O morador de Brasília sabe muito bem que as distâncias da 102 para a 104 não é tão grande. O mesmo ocorre da 108 para a 106 ou para a 110. Além disso, tenho observado que as estações das quadras do plano piloto são as menos densas no afluxo de passageiros (muitos críticos anteriormente defendiam que a w3 era o eixo mais apropriado no plano piloto), isso não quer dizer que não deva ter estações nas quadras, mas que ali os passageiros tem mais renda e mais opções de substituição do que nas periferias. O que ocorre? E por que acho que tais estações nunca serão ativadas?

Ativá-las atranvancaria o tempo de viagem do metrô que pararia em três quadras a mais para subirem e descerem apenas alguns gatos-pingados.

Chegamos então à grande questão lógica:
O Sr. Economista Questionador pergunta:

- "Para quê foram construídas as estações da 104, 106 e 110 que não estão sendo usadas?"

Sr. Projetista Estatal de plantão:
- "Para adiantar o trabalho caso o afluxo de pessoas aumente e precisemos ativá-las"

Sr. Economista:

- "Mas as quadras não são áreas pouco densas no transporte de passageiros do metrô?"

Sr. Projetista:

- "Sim, mas..."

Sr. Economista:
_ "E dado o atual afluxo de pessoas nas estações já instaladas da 102, 108, 112, 114 e Asa Sul, você acredita que o afluxo nas estações faltantes possa ser tão maior assim?"

Sr. Projetista:

- "As pessoas substituirão o carro pelo metrô e o movimento nas quadras pode aumentar."
Sr. Economista:

- "Concordo que isso possa ocorrer, mas será que aumentará o bastante?! Afinal a viagem durará mais tempo não é verdade?"

Sr. Projetista:

- "Sim o tempo de viagem, irá aumentar..."
Sr. Economista:

- "As pessoas não gostam de um transporte público que anda-e-pára, anda-e-pára, para isso já existem os ônibus. Se o metrô ficar muito lento algumas pessoas deixarão de usá-lo. Vale a pena aumentar o tempo de viagem para que umas poucas pessoas da região menos densa do plano piloto andem mais de metrô e menos de uma estação para outra?"

Sr. Projetista:

- "Sob essa perspectiva, não."

O Economista arremata dizendo:

- "Todo sistema de metrô enfrenta o mesmo problema básico: 'alcançar o maior número de passageiros oferecendo o maior conforto e o menor tempo de viagem possível'".

Simplificando, podemos colocar duas simples funções matemáticas para descrever esse problema:

1) O número de passageiros aumenta se aumentarmos o número de paradas, mas se colocamos muitas paradas próximas umas das outras o número de passageiros não incrementará tanto assim. Digamos que depois das duas paradas principais, cada parada a mais não consegue mais do que mil passageiros a cada viagem. Vamos descrever com a seguinte equação:


pax = 1000.p^(½)


Pax (número de Passageiros por viagem) e p é o número de paradas.

2) Se aumentamos o número de paradas aumentamos o tempo médio de viagem. E a cada parada acrescentam-se 5 minutos de tempo de viagem. E a cada parada e tempo de viagem que se acrescenta, mais pessoas desistem de viajar no metrô. Digamos que essa equação seja:


pax = 5.p²


Esse é um simples problema de maximização de 1) sujeito à 2) onde a solução para o exemplo é:


p = 13,5 (Ou aproximando para cima: 14 paradas).


Que podemos também representar no gráfico abaixo:
O mais importante desse exemplo não é um número particular de paradas, mas sim mostrar que existe uma solução ótima para o total de paradas a construir. É possível saber onde e em quais locais. É claro, que para se adequar melhor à realidade seria necessário que as equações fossem muito mais complexas e completas. A cidade tem regiões de densidade bastante diferentes, uma parada a mais na 110 sul, não é a mesma coisa em número de passageiros do que uma parada em Taguatinga. As regiões com densidade de passageiros diferentes complicariam o modelo. Assim como minha equação que descreve os passageiros desistindo com o acréscimo de tempo precisa de muito mais elementos, não considera o preço e o comparativo do tempo de viagem dos transportes alternativos.

No entanto, o que mais me admira nessa história toda é de como no Brasil temos vários exemplos ocultos de desperdício de dinheiro. Dinheiro público principalmente, um planejamento bem-feito resolveria várias dessas questões, mas continuamos com a preferência de esbanjadores a construir paradas-fantasma para ninguém usar e literalmente enterrar o dinheiro público.